O câncer de bexiga é o segundo tumor urológico mais comum e acomete principalmente homens acima dos 55 anos. Estima-se que surjam cerca de 10 mil novos casos por ano no Brasil, com maior incidência em pessoas expostas ao tabagismo ou a substâncias químicas industriais.
O principal sinal de alerta é a presença de sangue na urina (hematúria) — mesmo sem dor ou outros sintomas associados. Em muitos casos, esse achado é intermitente e acaba sendo negligenciado, o que pode atrasar o diagnóstico.
A investigação costuma envolver exames de imagem e, principalmente, a cistoscopia — um exame endoscópico que permite visualizar diretamente o interior da bexiga. Quando identificamos uma lesão suspeita, é comum que o procedimento já seja aproveitado para realizar a ressecção transuretral do tumor (RTU), evitando a necessidade de duas intervenções separadas. Na prática, essa abordagem é frequentemente diagnóstica e terapêutica ao mesmo tempo.
A profundidade do tumor na parede da bexiga é o principal fator que define a necessidade de tratamentos adicionais. Tumores superficiais, na maioria das vezes, são tratados com a própria RTU e, em alguns casos, com aplicação de medicações diretamente na bexiga, como a imunoterapia intravesical (BCG). Já os tumores mais profundos podem exigir cirurgia para retirada total da bexiga (cistectomia), reconstrução urinária e, em determinadas situações, quimioterapia ou imunoterapia sistêmica.
O diagnóstico precoce é fundamental para preservar a função urinária e garantir melhores resultados no tratamento. Notou sangue na urina? Agende uma avaliação com um urologista.
Carraro Tower Atibaia, Sala 117, Rua Luiz Alberto Vieira dos Santos, 18 - Vila Santista, Atibaia - SP, 12941-030